terça-feira, 29 de janeiro de 2008

risotto do César



Para mim, amigos são conquistas genuínas. Especialmente por ser uma pessoa de vida nômade, o valor desses amigos conquistados, aqui e ali, em lugares tão diferentes, mantidos a distancia, representam muito. Representam boa parte daquilo que sou.
Tenho a felicidade de poder retornar depois de algum, as vezes muito tempo sem vê-los, e ser recebida como se os tivesse visto no dia anterior. E assim tem sido, com os meus amados amigos de São Paulo.
Eu e o maridão, vamos ao Brasil pelo menos uma vez ao ano, mas nem sempre temos o tempo que gostaríamos para nos dedicar aos amigos, visto ter também uma família grande e saudosa a nossa espera.
Tinha prometido ao nosso amigo César, que desta vez em Novembro nós nos encontrariamos, sem falta . Depois de 4 anos sem nos ver, só falando por telefone e e-mails, assim que ele soube da data da viagem, nos ligou para dar um ultimato: o primeiro jantar depois da chegada a SP, seria na casa dele. O convite / ordem foi tão explicito que nem me atrevi mencionar a possibilidade de um "jetlag" ou qualquer outra coisa.
E assim foi. Oito horas depois de aterrisarmos em Sampa, com malas extraviadas e caras de zumbi - lá estávamos nós, juntamente com o casal de amigos Ci e Fran, tocando a campanhia do lindo e novo AP do Cé.
Eita coisa boa, a porta se abre e duas caras sorridentes a nos saudar! Quanta saudade! Como é bom amigo, abraçar. O George ainda fica impressionado com a afetividade generosa dos amigos brasileiros.
Já na chegada uma elegante bandeja com finos pates, queijos e vinhos a nossa espera. O Fran, muito atencioso, trouxera o champanhe gelado para o brinde do reencontro.
Muito papo a rolar, novidades a contar, riso solto em gargalhadas...muita coisa pra brindar! Felicidade é isso mesmo, ter amigos e com eles estar!
Ah, e o jantar, o prato que o César iria preparar.
A Ci e eu, já havíamos experimentado das qualidades gourmet do moço, quando das viagens da nossa inseparável turma, que alias, não era bem uma turma, era mesmo uma família.
Já sabíamos que a comida ia ser boa...mas o que?! Nesse jantar, o moço mostrou-se aprimorado. O prato servido estava simplesmente "outstanding" delicioso! Observamos também, como ele é organizado. Havia preparado com antecedência todos os ingredientes e a cozinha em ordem total, resultando em 20 minutos, um risotto fumegante e cremoso.
A sobremesa foi um alfajor gigante, de doce de leite e chocolate -uma justa homenagem a argentina mais brasileira que conheço, Miriam.
Moço gente fina esse amigo, além de bom cozinheiro, tem talento pra receber tão bem! Sorte nossa, amigos dele, e sorte maior ainda, da Miriam que tem esse "chef" pra ela.
Aqui esta a receita do risotto (e fotos) que ele me autorizou publicar:
Ingredientes
½ maço de brócolis (floretes)
200g de lingüiça calabresa (sem pele) cortada em cubinhos
4 colheres ( sopa ) de manteiga
3 colheres ( sopa ) de cebola ralada
350 g de arroz arbóreo
200 ml de vinho tinto
1 1/2 litro de caldo (ou seja, caldo de galinha misturado a água do cozimento do brócolis)
Sal e pimenta-do-reino à gosto
4 colheres ( sopa ) de parmesão ralado
Preparo
Cozinhe o brócolis no vapor, pique e reserve, reserve também a água do cozimento. Frite a lingüiça e reserve. Na mesma panela, coloque uma colher (sopa) de manteiga ao fogo baixo, junte a cebola e refogue ate ficar transparente. Adicione o arroz e refogue por cerca de 3 minutos, mexendo sem parar, até que o arroz fique envolvido na manteiga e acrescente a lingüiça frita. Junte vinho e misture, deixando evaporar.Coloque duas conchas de caldo e misture, deixe ser absorvido e acrescente mais caldo sempre mexendo. Repita esta operação por cerca de 16 minutos, salgue levemente e coloque um pouco de pimenta-do-reino. Experimente o arroz e, se necessário, adicione mais caldo. Deixe-o al dente. Acrescente o brócolis, misture novamente e verifique o ponto do arroz. Apague o fogo, coloque a manteiga restante e o queijo parmesão, mexendo até incorporar tudo. Tampe a panela e deixe descansar por 2 minutos. Sirva em seguida. Dependendo do gosto, servir mais parmesao individualmente.
Dicas:
O parmesão ralado só deve ser acrescentado quando o arroz, ainda esta ligeiramente coberto pelas borbulhas, e al dente.